quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Chupa "seus" Anti!!!!!

Esperei o Corinthians receber a Taça para publicar este chamado aos "anti" que só sabem "secar" o Grande Corinthians. Vejam como são as coisas, arquivei estes comentários e agora pergunto:  Devemos acreditar nos comentaristas e outros agregados ao futebol, no Brasil? Ou será mesmo falta de respeito? Ou ainda, são ferrenhos torcedores e, não podendo se declarar, aproveitam para meter o pau, menosprezando os adversários?

                                      VAI CORINTHIANS!!!!!!!!



Então vamos lá: CHUUUUUPA RENATO GAÚCHO!!!!



CHHUUUUUPAMMM ANDRÉ RIZEK E CERETTO!!!!




CHHHUUUUUPAAA FELIPE MELLO!!!!!




CHHUUUUPAAAA CASAGRANDE
Agora, Casagrande aposta que Palmeiras tira título do Corinthians:

http://veja.abril.com.br/placar/agora-casagrande-aposta-que-palmeiras-tira-titulo-do-corinthians/?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=barra-compartilhamento VEJA.com



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Rios e Enchentes

Nicanor de Freitas Filho
           
            Rio, segundo o Dicionário Michaelis, “1 sm (lat rivu) Corrente contínua de água, mais ou menos caudalosa, que deságua noutra, no mar ou num lago... 3 Grande massa de líquido corrente... 5 Abundância...” Se você for ver do lado da Geografia, rio se forma quando um lençol freático se aflora e a água corre de um ponto mais alto para um ponto mais baixo do relevo. É de grande importância para a humanidade, pois a água é vital, para Agricultura, Pecuária e Pesca. Muitos rios chegam a secar nas estações de estiagem e a maioria dos rios transbordam nas estações chuvosas.  Isto é de grande importância para a Agricultura, pois é uma maneira de se fertilizar as margens dos rios, para serem plantadas com alimentos não perenes, de rápida evolução, como feijão, batata, arroz etc.. Lembro-me perfeitamente de um livro de Geografia da 1ª série ginasial (hoje creio que se chama 6ª série) que dizia que o “...Rio Nilo é o maior Rio do Mundo, cujas margens são fertilizadas anualmente pelos seus transbordamentos...”
            Então o transbordamento de rios é uma coisa natural, que queiramos nós ou não, vai sempre ocorrer. Aprendi isto no meu Curso de Técnico Agrícola. Aliás, tive um Professor, Cavagnolli, que lecionava várias matérias, embora a principal fosse Topografia. Com ele aprendi a usar a baliza, o teodolito, fazer as plantas de terrenos, sítios e outras áreas. E aí, tem um ensinamento que nunca esqueço: como medir as margens dos rios, que normalmente são sinuosas, então tínhamos que fazer as medições das perpendiculares para traçar as curvas que o rio fazia. Achávamos difícil e  ele então dizia: “Pelo menos nas margens de rios não tem casas, pocilgas, galinheiros e outras construções, pois seriam todas inundadas...” Obvio, pois todos os rios inundam as suas margens.
            Além de tudo, quando chove – que vai encher o rio e transbordar – também é certo que as terras vão ficar úmidas, as águas vão penetrar no solo, para formação dos lençóis aquáticos, que seguram por algum tempo as águas, antes de correr para os rios e as cabeceiras destes. A terra absorve muita água que cai da chuva.
            Sabedor disso, Padre José de Anchieta, quando chegou à terra de São Paulo, viu o Tamanduateí, o Ipiranga, o Tietê, o Anhangabaú e muitos outros rios. Por isso fez a Igreja e a sua moradia lá no Pátio do Colégio. Bem lá em cima, onde não haveria perigo de nenhum daqueles rios – que ganharam os nomes que citei acima – inundarem suas construções. Deu para entender o raciocínio do Padre Anchieta? Ele, como eu, não era Engenheiro, Geógrafo ou Geólogo, mas sabia dessas coisas de inundações dos rios.
            Lembro-me perfeitamente quando Olavo Setúbal, foi prefeito de São Paulo, que “exigiram” dele providências contra as enchentes, ele disse: “Além das enchentes serem naturais, portanto não devíamos ter invadido o espaço dos rios, ainda por cima asfaltaram e concretaram todo o solo da cidade, de forma que as águas não penetram mais na terra, vão direto para o leito dos rios. Portanto, a única solução é sairmos das margens dos rios. As enchentes vão existir sempre. Além de tudo a população não colabora, e continua jogando tudo que é entulho nos leitos dos rios.”
            Por que estou escrevendo isso? Porque ouvi hoje pela manhã, na Rádio Jovem Pan, uma senhora da Vila Aurora, reclamando que toda vez que chove a casa dela enche! Diz achar um absurdo que não “canalizaram” o rio até hoje! Tenho ouvido jornalistas – que considero inteligentes e sérios – cobrando do prefeito “medidas para solucionar as enchentes”. Ainda teve um que complementou o comentário dizendo que o que falta é gestão, pois dinheiro tem!
            Vamos começar analisando pelas palavras de Olavo Setúbal, quando disse que a população não colabora jogando tudo que é entulho nos bueiros e leitos dos rios. Isto tem um nome: EDUCAÇÃO. Como já escrevi em um comentário político aqui no Blog: https://freitasnet.blogspot.com.br/2015/08/capacitacao-profissional-educacao.html , a Educação é fundamental para que o País saia dessa situação, onde a maioria do povo não tem condições de estudar e aprender os princípios culturais, que levam um povo a agir com a devida educação coletiva, respeito, ética, honestidade, moral e convivência coletiva. Por isso elege gente da pior espécie para fazer as Leis e para executar as Leis mal feitas. E estes escolhem aqueles que vão julgá-los e interpretar as Leis por eles elaboradas. Ora, não podia mesmo acontecer outra coisa, que não o que vem acontecendo no Brasil. Um Caos! Um povo que não sabe “jogar um papel no lixo”. Preste atenção quando andar pelas ruas. Repito: tudo começa com a Educação e temos muitos exemplos, além da Coreia do Sul que citei no meu artigo.
            Outro ponto a ser considerado é ver que os últimos governantes não têm culpa dos erros dos governantes anteriores, que canalizaram rios embaixo de asfalto, asfaltaram toda a cidade e permitiram a construção de edificações de concreto, tornando o solo totalmente impermeável. Inclusive nas margens dos rios – fizeram até pistas marginais aos rios! Ou seja, não agiram como o Padre José de Anchieta.  Então vem a pergunta: “Não tem mais solução?” Ter solução tem! Veja o exemplo de Tókio, que no começo dos anos 90 pôs em execução um projeto de túneis e canais de escoamento de água, que começam a cinquenta metros abaixo da superfície, com altura de até 68 m, e segura a água das chuvas até que amenizem os temporais, para depois soltá-las aos poucos nos rios.
            Só que para este gasto, teríamos que convencer os nossos, Legislativo, Executivo e Judiciário, além de uma grande parte do funcionalismo, de acabar com as mordomias e roubalheiras. Será isso possível? Em sendo possível, aí sim, concordo que a “gestão” seria a solução real do problema, não só das enchentes, mas quase todos os outros problemas que exigem “gestão”!
                                 Aula do Professor Cavagnolli 1962